Nesta sexta, FIT traz 10 apresentações
* Acesse também o post FIT 2013 divulga a grade de programação.
11h – Relampião | Cia. do Miolo e Cia. Paulicea (Nacional Rua)
Parque da Represa Municipal, avenida Lino José de Seixas
(próximo ao Canecão)
Sinopse:
A mitologia em torno do cangaceiro pernambucano Virgulino Ferreira da Silva, o
Lampião, motiva o espetáculo a revisitá-la paraaproximá-la do presente. O
sertão nordestino, com suas disputas de terra, a árida vegetação da caatinga e
a seca, correspondem ao asfalto e às pelejas do cotidiano. A paisagem
dramatúrgica, pois, é transmutada em uma caatinga de concreto, com múltiplos
Lampiões e Marias Bonitas revelados mais próximos do que se imagina.O que há em
comum entre a luta do cangaço e as lutas pela vida na contemporaneidade? Eis o
mote. O projeto das duas companhias paulistas quer ressignificar o espaço
público artisticamente, colocar o cidadão em relação ativa com a obra. Revelar
os Lampiões que povoam diariamente os centros urbanos, gente comum que sobrevive
em meio a tantas desigualdades. A linguagem é norteada pela pesquisa da cultura
popular. Dramaturgia, composições musicais, figurinos e demais elementos de
cena são embebidos pelo cavalo marinho, pelo samba, pelas carrancas do rio São
Francisco, entre outras manifestações. A Companhia Paulicea nasce em1997
empenhada em montar peças para o espectador infanto-juvenil sempre com foco na
linguagem do teatro popular. A gênese da Companhia do Miolo, em 2000, partiu
justamente de uma criação voltada ao teatro popular, vereda que firmou sua
identidade inclusive no campo das intervenções urbanas.
Ficha Técnica:
Dramaturgia: Solange Dias / Direção: Alexandre Kavanji /
Com: Aysha Nascimento, Antonia Mattos, Francisco Gaspar, Daniel Farias, Edi
Cardoso, Dudu Oliveira e Harley Nóbrega
Categoria: Nacional Rua
Cidade: São Paulo/SP
Duração: 60 min
Classificação: livre
16h – Romeu e Julieta: O Encontro de Shakespeare e a
Cultura Popular | Instituto Garajal de Arte e Cultura Popular
(Nacional Rua)
Praça Moysés Miguel Haddad, entre as ruas Marechal Deodoro,
Capitão José Verdi, Campos Salles e Delegado Pinto de Toledo – Boa Vista (Caixa
D’Água)
Sinopse:
A história de amor juvenil mais encenada no planeta é transposta para um terreiro de reisado, festa típica do regionalismo nordestino. A ela são agregadas as figuras de Mateus, Catirina e Jaraguá, além de príncipes e guerreiros a mediar o embate dos Montecchio e dos Capuleto, duas famílias que não se bicam e conspiram para o trágico desfecho. A expressão corporal é apoiada em lutas de espadas, danças e brincadeiras como pau de fita e roda de coco. Uma escada de madeira para pintor é convertida em principal suporte cenográfico e dá a ver, por exemplo, a cena dos enamorados na sacada de uma janela. Os artistas jogam com todos esses elementos na gangorra entre o bardo inglês e o folguedo brasileiro. E ainda tocam e cantam, sustentando a roda de espectadores do início ao fim. O núcleo artístico do município da região metropolitana de Fortaleza vê o seu oitavo espetáculo coroar o trabalho de formação de jovens atores e a pesquisa permanente em torno da cultura popular da qual não arreda pé desde o surgimento do Instituto Garajal de Arte e Cultura Popular, em 2003, que articulou cursos de capacitação em técnica teatral, montagem e arte circense. O teatro de rua, a manipulação de bonecos, a confecção da máscara e a linguagem do picadeiro, sobretudo na figura do palhaço, são as principais referências dos nove atores. Eles têm entre 20 e 25 anos e abraçam a tragédia poética e existencialmente.
Ficha Técnica:
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Texto: William Shakespeare / Adaptação: Victor Augusto /
Direção: Diego Mesquita e Mario Jorge Maninho / Com: Aldebaran Faustino,
Aline Fontenele, Assis Lima, Dielan Viana, Henrique Rosa, Mauricio Rodrigues,
Rafael Melo, Rayane Mendes e Suldailson Kennedy
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Categoria: Nacional Rua
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Cidade: MARACANAÚ - CE
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Duração: 70min
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Classificação: livre
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16h – Relampião | Cia. do Miolo e Cia.
Paulicea (Nacional Rua)
ECO – Escola de Competências Dep. Roberto Rollemberg, rua
Geraldo Barbosa de Oliveira, 2.901 – Santo Antônio
Confira acima.
19h – A Fantástica Baleia Engolidora de Circos |
Cia. Frita (Nacional Criança)
Teatro do SESI – Rua Duque de Caxias, 4.656 – Vila Elvira
Sinopse:
Seres subaquáticos dão margem ao imaginário livre, leve e solto do picadeiro evocado de modo surpreendente nessa comédia sem palavras. Uma enchente provoca a inundação de uma cidade. De forma inusitada, eis que surge uma baleia que abocanha um pequeno circo e lança goela abaixo seus artistas e aparelhos. A partir daí, o espectador é transportado para o interior do animal marinho. A baleia atravessa os sete mares sem desconfiar que carrega no ventre essas três figuras hilárias. As três fazem dali o seu habitat, convivem com os desejos e humores alheios. O cotidiano surreal de esperar pela próxima mordida. De sonhar com o mundo lá fora. A pesquisa do universo das reprises e gags (piadas) clássicas do circo é o mote e o cerne da construção do roteiro de movimentação do espetáculo. Estão em cena três atrizes e palhaças cofundadoras da companhia em 2009 e empenhadas na arte da palhaçaria e demais variações da comédia – praia em que, por trás do nariz vermelho, geralmente encontra-se um rosto masculino. Quem bolou a história foi o diretor convidado Alvaro Assad, também responsável pela preparação mímica, técnica que desenvolve há mais de 20 anos. Ele trabalhou e se aperfeiçoou em 1991 com o mímico português Luís de Lima, parceiro do mestre francês Marcel Marceau. Dois anos depois, Assad fundou o grupo carioca Centro teatral e Etc. e Tal, em atividade até hoje.
Ficha Técnica:
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Direção, roteiro e preparação mímica: Alvaro Assad / Com:
Érika Freitas, Mariana Rabelo, Raquel Theo
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Categoria: Nacional Criança
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Cidade: Rio de Janeiro - RJ
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Duração: 60min
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Classificação: livre
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Teatro Municipal Nelson Castro, avenida Feliciano Salles
Cunha, 1.020 - Vila Itália
Sinopse:
Sujeito predestinado a viver dentro de um quadro. Parece conto de Kafka, mas é o dispositivo que a companhia multimídia encontrou para discutir, acima de tudo, a condição do artista na atualidade. Neste solo, farto em recursos audiovisuais, o atuador funde-se às imagens projetadas na tela branca ao fundo. Gestos e movimentos soam sincrônicos ou dissonantes à trilha sonora sampleada. O que está disposto em cena é um cárcere público e um prisioneiro-operário sob suas amarras. Nesse ambiente virtual sedutor, cheio de dentes e poltronas confortáveis, tudo parece arte, parece glamour, parece vida. Mas não é. Mergulhada em um turbilhão de clichês culturais e na escassez das produções, o ator se encontra preso em uma arte que não se renova,refém do seu próprio sistema e torturado por mecanismos digitais, tal hologramas. Ao dispor essa máquina sensorial de imagens diante dos olhos do público, plasmada sobre o corpo humano, a criação faz lembrar, indiretamente, o movimento radical de abstração geométricacriado pelo pintor russo Malevitch no começo do século XX, caracterizado pelo emprego de cores puras sobre fundo branco e arranjos não objetivos de figuras geométricas simples (triângulo, círculo, quadrado, cruz etc.), como na obra emblemática Quadrado Negro sobre Fundo Branco. O projeto rio-pretense teve orientação do ator e diretor Clayton Mariano, do núcleo Tablado de Arruar (SP)e do ator André de Araújo (SP).
Ficha Técnica:
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Criação e direção: Jef Telles Com: Cássio Henrique
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Categoria: Nacional Rio Preto
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Cidade: São José do Rio Preto
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Duração: 50min
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Classificação: 14 anos
Entrada: gratuito – retirar ingressos uma hora antes
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19h – Galvarino | Cia. Teatro Kimen
(Internacional)
Teatro do SESC, avenida Francisco das Chagas Oliveira, 1.333
Sinopse:
Uma família mapuche, principal etnia chilena, aguarda em casa, no sul do país, a chegada de um dos membros exilado na Rússia há mais de 30 anos. Ninguém sabe que fora assassinado a pedradas, dias antes por um grupo neonazista. A expectativa de sua volta se transforma em angústia para a irmã e os pais que desconhecem o motivo de tanta demora. Até que surge a notícia do desfecho trágico. O texto é baseado no testemunho de Marisol Ancamil, irmã de Galvarino e tia da diretora Paula González Seguel, relato dramatizado pelo escritor Juan Radrigán em El Desaparecido (2004). O Teatro Kimen é um coletivo multidisciplinar nascido há cinco anos sob o desejo de gerar projetos de reflexão a partir daqueles que são marginalizados. O espetáculo encerra a Trilogía Documental, conformada por Ñi Pu Tremen – Mis Antepasados (2008) e Territorio Descuajado – Testimonio de un País Mestizo (2010).
Ficha Técnica:
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Direção: Paula González Seguel / Dramaturgia e Co-direção:
Marisol Vega Medina / Com: Luis Seguel, Elza Quinchaleo, Paula González,
Rodrigo Bastidas / Alejandra Flores
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Categoria: Internacional
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País: Chile
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Duração: 60min
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Classificação: 14 anos
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19h – IVANOV (Nacional Adulto)
Ginásio do SESC, avenida Francisco das Chagas Oliveira,
1.333
Sinopse:
Em sua propriedade isolada, Nicolai Ivanov sucumbe aos conflitos interiores tomado por cansaço, tédio, sentimento de culpa, solidão. Ele é encetado pela paixão fulminante da jovem Sasha enquanto sua mulher, Anna, está gravemente adoentada. Soma-se a esse quadro a crise nos negócios, restando ao latifundiário manter as aparências, escudar-se nas descrições frias dos acontecimentos, na rotinados empregados e das festas. Em vão. As conversas vazias e os diálogos sobrepostos criam o clima de não-comunicação e renúncia que deflagram a decadência da aristocracia rural e antecipam a atmosfera revolucionária russa da virada para o século XX. A peça em que o escritor russo Anton Tchékhov debuta para o teatro, em 1887, apresenta qualidades inerentes à obra que legou. A trama em si tem menos relevância do que o subtexto da condição humana, os paroxismos de fundo social, político e econômico. O grupo cearense Teatro Máquina, que completa uma década de solidez formal e reflexiva em 2013, lança mão da não-representação para aproximar o espectador desse universo em que o personagem-título confronta sua floresta devastada e uma realidade desesperada. Tal renúncia à vidasegue afetando plateias mundo afora, há mais de século.O grupo participa este ano do festival de Edimburgo.
Ficha Técnica:
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Texto: Anton Tchékhov / Direção: Fran Teixeira / Com:
Aline Silva, Ana Luiza Rios, Edivaldo Batista, Levy Mota, Loreta Dialla e
Márcio Medeiros
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Categoria: Nacional Adulto
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Cidade: Fortaleza - CE
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Duração: 80min
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Classificação: 16 anos
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21h – Discurso de un Hombre Decente | Mapa
Teatro (Internacional)
Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto, avenida Brigadeiro
Faria Lima, 5.381
Sinopse:
A partir de um papel contendo um discurso político encontrado no bolso da camisa do narcotraficante colombiano Pablo Escobar, no dia de sua morte, 2 de dezembro de 1993, o coletivo questiona a dispendiosa e fracassada guerra contra as drogas na Colômbia e no mundo. O texto do mítico chefe do cartel de Medellín foi considerado um documento secreto e convertido, 18 anos depois, em “arquivo desclassificado”. A obra se propõe a decifrar esse arquivo por meio de uma médium-intérprete possuída pelas palavras de Escobar. Tal performance é acompanhada por um expert em narcoterrorismo, uma apresentadora de TV e um conjunto musical. Embaralham-se figuras reais ou fantasmagóricas, documentos verídicos ou ficcionais. Fundado em 1984, o Mapa Teatro é um laboratório de criação multidisciplinar que vê na arte ao vivo uma maneira de transgredir fronteiras geográficas, linguísticas e artísticas.
Ficha Técnica:
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Dramaturgia e Direção: Heidi e Rolf Abderhalden / Com:
Agnes Margarita Arenas, Andres Mauricio Herrera, Danilo Jimenez, Heidi
Abderhalden, Jeison Castaño, Juan Pablo Becerra, Oscar Eduardo Jimenez e
Rodrigo Cordona
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Categoria: Internacional
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País: Colômbia
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Duração: 60min
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Classificação: 14 anos
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Sinopse:
Durante uma conversa de bar, aspirantes a artistas vasculham suas vidas à procura dos motivos que os levaram a ambicionar o caminho das artes. Eles são transparentes em suas fragilidades e vocações, intercalam números musicais, solilóquios e performances que podem tratar do status de celebridade instantânea, expor idiossincrasias ou criticar os percalços de quem sobrevive do trabalho cultural na sociedade contemporânea, entre outros motes. Quem acompanha o LUME Teatro em seus 28 anos de estrada, referência no Brasil e no exterior pela qualidade da pesquisa continuada no treinamento do ator-dançarino, vai se deparar com um espetáculo fora do eixo corporal. Público e atores compartilham mesinhas de boteco entre cervejas e petiscos, enquanto desfilam figuras extravagantes, poéticas, românticas, pop e tragicômicas em seus discursos libertários ou prisioneiros do glamour que não têm, ao ritmo da banda que toca e canta ao vivo. O projeto é tributário da parceria com a premiada autora e diretora Grace Passô, do Grupo Espanca! (MG). Apesar da ambientação cênica e de algumas vidas ali espelharem precariedade, o projetosaúda a arte com uma reflexão irreverente sobre suas perspectivas, questionando até que ponto um trabalho é expressão ou degrau para a fama.A obra permitiu ao LUMEconquistar a categoria especial do Prêmio Shell de Teatro 2012.
Ficha Técnica:
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Criação: Lume Teatro e Grace Passô / Dramaturgia e
direção: Grace Passô / Com: Ana Cristina Colla, Carlos Simioni, Jesser de
Souza, Naomi Silman, Raquel ScottiHirson, Renato Ferracini e Ricardo Puccetti
/ Direção musical: Marcelo Onofri Músicos convidados: Marcelo Onofri (piano),
Leandro Barsalini (bateria), Eduardo Guimarães (acordeão)
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Categoria: Nacional Adulto
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Cidade: Campinas - SP
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Duração: 120 min
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Classificação: 16 anos
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Fonte e Fotos: Site do Festival Internacional de Teatro
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