SESI exibe clássicos do cinema
O SESI Rio Preto recebe no período de 10 de junho a 18 de agosto a Mostra Cinema e Trabalho, que percorrerá as 50 unidades da instituição na capital e no interior do Estado. Ao todo, a mostra reúne 12 títulos da Alemanha, EUA, Itália e Brasil, entre longas e curtas-metragens.
A seleção vai desde filmes que retratam os antigos operários até obras sobre as novas profissões, passando por ocupações que estão se extinguindo.
A exibição de todos os filmes é digital, com áudio original
e legendas em português no caso de títulos estrangeiros.
Confira abaixo a data
de exibição dos filmes e demais informações.
Dia 20 de junho, quinta-feira, às 16 horas
Tempos Modernos | Modern Times (Estados Unidos, 1936,
comédia, 89 min., livre). Direção: Charlie Chaplin. Com Charlie
Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman e Chester Conklin.
O filme é uma sátira à vida em uma sociedade industrial e consumista. Trump
(Chaplin) confronta-se com todas as invenções desumanas de uma fábrica. A
crítica não é só à mecanização, mas também a outras questões sociais da época:
ele é preso a toda hora, confundido com comunistas, grevistas ou por qualquer
motivo tolo; seu romance com uma jovem órfã é impedido pelas autoridades; para
todo esforço parece haver um empecilho por parte do governo ou da sociedade. O
filme foi um grande sucesso, mas, na época de seu lançamento, foi proibido na
Itália e na Alemanha.
Dia 26 de junho, quarta-feira, às 20 horas
São Paulo Sociedade Anônima (Brasil, 1965, drama, 111 min., 12 anos). Direção: Luiz
Sérgio Person. Com Walmor Chagas, Eva Wilma, Darlene Glória, Otelo Zeloni e Ana
Esmeralda.
A instalação de indústrias automobilísticas estrangeiras no Brasil durante a
euforia desenvolvimentista, no final dos anos 1950, provocou grandes mudanças
na sociedade e na organização do trabalho. Carlos (Walmor Chagas), um jovem da
classe média paulistana, começa a trabalhar numa grande empresa.
Posteriormente, aceita um cargo numa fábrica de autopeças, na qual é promovido
a gerente. Carlos torna-se um típico chefe de família da sociedade industrial:
trabalha muito, ganha bem, consome bens da indústria, mas, sem um projeto de
vida que o o faça feliz, vive insatisfeito e quer desistir.
Dia 3 de julho, quarta-feira, às 20 horas
A Classe Operária Vai ao Paraíso | La Classe Operaia Va in Paradiso (Itália,
1971, drama, 125 min., 14 anos). Direção: Elio Petri. Com Gian Maria
Volontè, Mariangela Melato, Salvo Randone, Gino Pernice, Luigi Diberti, Flavio
Bucci, Mietta Albertini, Donato Castellaneta, Renata Zamengo e Giuseppe Fortis.
Lulu Massa, o operário-padrão de uma fábrica, trabalha duro para conseguir
bônus e, assim, desperta a antipatia dos colegas. Após sofrer um acidente de
trabalho, ele, que era consumido pelo capital e deixava-se consumir pelo
trabalho, passa a questionar o sistema de produção da indústria e envolve-se
com grupos políticos e revolucionários. Ascender na carreira, garantir o básico
e almejar pequenas tentações da sociedade de consumo ou arriscar-se na luta por
um mundo com menor desigualdade social? Esse impasse ideológico de muitos
trabalhadores é o mote do premiado A Classe Operária Vai ao Paraíso, uma das
obras mais importantes do cinema político italiano, vencedor da categoria
Melhor Filme no Festival de Cannes de 1972.
Dia 11 de julho, quinta-feira, às 20 horas
Eles não Usam Black-Tie (Brasil, 1981, drama, 120 min.,
14 anos). Direção: Leon Hirszman. Com Paulo José, Fernanda
Montenegro, Nelson Xavier e Milton Gonçalves.
Além de seu valor artístico e estético, o filme registra — por meio da história
fictícia de Otávio, líder sindical, e seu filho Tião, jovem operário — o
cotidiano da classe trabalhadora e a greve dos metalúrgicos de São Paulo em
1979, no período final da ditadura militar no Brasil (1964-1985). A velha
contradição entre o Capital e o Trabalho — mostrando vidas em que o trabalho é
pesado e o dinheiro é escasso — dá base para a história, que gira em torno da
relação conflituosa entre os dois personagens.
Dia 18 de julho, quinta-feira, às 20 horas – Curtas-metragens
Antonio Ribeiro dos Santos, Cearense, RG 674.230 (Brasil, 1984,
documentário, 15 min., livre). Direção:Gregório Bacic.
Um dia na vida de Antonio, operário não especializado que trabalha numa
indústria de artefatos de borracha. Atuando em posto fixo, faz durante o dia
inteiro movimentos repetitivos com os braços, ocupando espaço muito maior do
que o cômodo da casa onde vive com a mulher e os filhos. Produção incluída em
dissertação de mestrado da PUC de São Paulo, apresentada por Vera Lúcia
Bastazin e orientada por Décio Pignatari.
Chapeleiros (Brasil, 1984, documentário, 24 min., livre). Direção: Adrian
Cooper.
Flagrantes de trabalhadores de uma chapelaria do início do século. A singular
entrada na fábrica, o contato direto com os chapéus, o ritmo das máquinas, dos
trabalhos manuais, o horário precioso do almoço, as silhuetas dos corpos e
outros detalhes do cotidiano.
Construção (Brasil, 2007, documentário, 48 min., livre). Direção: Cristiano
Burlan.
A cidade de São Paulo em seu contínuo processo de construção e desconstrução,
vista a partir do microcosmo de um canteiro de obras, seus trabalhadores e as
várias máquinas em plena atividade.
Dia 25 de julho, quinta-feira, às 20 horas
Boleiros - Era uma Vez o Futebol (Brasil, 1998,
comédia, 93 min., livre). Direção: Ugo Giorgetti. Com Lima Duarte,
Otávio Augusto, Rogério Cardoso, João Acaiabe, Marisa Orth, Cássio Gabus
Mendes, Denise Fraga, Flávio Miggliaccio, Adriano Stuart e André Abujamra.
Em um bar de São Paulo, como acontece em quase todas as tardes, um grupo de
ex-jogadores de futebol se reúne para relembrar antigas glórias e histórias
curiosas do tempo em que ainda eram profissionais desse esporte.
Dia 1º de agosto, quinta-feira, às 16 horas
Domésticas - O Filme (Brasil, 2001, comédia, 85 min.,
14 anos). Direção: Fernando Meirelles e Nando Olival. Com Cláudia
Missura, Graziella Moretto, Lena Roque, Olivia Araújo, Renata Melo, Robson
Nunes e Tiago Moraes.
No meio da nossa sociedade existe um Brasil notado por poucos. Um país formado
por pessoas que, apesar de morarem dentro de sua casa e fazerem parte de seu
dia a dia, é como se não estivessem lá. Cinco das integrantes dessa nação são
mostradas em Domésticas — O Filme: Cida, Roxane, Quitéria, Raimunda e Créo. Uma
quer se casar, a outra é casada, mas sonha com um marido melhor. Uma almeja ser
artista de novela, a outra acredita que tem por missão na Terra servir a Deus e
a sua patroa. Todas têm sonhos distintos, mas vivem a mesma realidade:
trabalhar como empregada doméstica.
Dia 7 de agosto, quarta-feira, às 16 horas
Sábado (Brasil, 1994, comédia, 85 min., 12 anos). Direção: Ugo
Giorgetti. Com Giulia Gam, Otávio Augusto, Mariana Lima, Jô Soares, Maria
Padilha, Tom Zé, André Abujamra, Renato Consorte, Cláudio Mamberti, Wandi
Doratiotto e Décio Pignatari.
Sábado na cidade de São Paulo. Uma equipe de publicidade ocupa o saguão do
antigo Edifício das Américas, no centro da cidade, para a gravação de um
comercial. Mas um elevador quebrado obriga o grupo e os moradores a dividirem o
mesmo espaço. Desse convívio forçado surgem pequenos incidentes que tornam esse
dia diferente de qualquer outro.
Dia 14 de agosto, quarta-feira, às 14 horas
O Fim do sem Fim (Brasil, 2000, documentário, 94 min.,
livre). Direção: Beto Magalhães, Cao Guimarães e Lucas Bambozzi.
No documentário, o foco é o iminente desaparecimento de certos ofícios e
profissões no Brasil. Rodado em 16mm, Super-8 e DV nos Estados de Minas Gerais,
Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco,
Paraíba e Ceará, o filme retrata a inventividade e a resistência do brasileiro
diante das mudanças tecnológicas e culturais. Partindo do debate entre o
objetivo e o fim das coisas, as evoluções são discutidas pelos próprios
indivíduos retratados.
Serviço:
Mostra Cinema e Trabalho do SESI
Data: de 10 de junho a 18 de agosto de 2013
Local: SESI Rio Preto, avenida Duque de Caxias, 4.656 – Vila
Elvira
Entrada: gratuita
Mais informações: (17) 3224-6611
Fonte e Fotos: SESI Rio Preto
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